Com novas regras, fundos imobiliários são boas oportunidades
Os fundos imobiliários terão uma nova classificação que facilitará para o investidor identificar sua estratégia e em que tipos de imóveis eles investem.
A classificação foi anunciada hoje pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) e deve começar a ser divulgada aos investidores no começo de outubro.
“Os ativos dos fundos estão sendo negociados no mercado com descontos elevados, o momento é bom para entrar, e a classificação facilitará o entendimento dos investidores que sabem que esse é um investimento de longo prazo, com ciclo econômico maior”, diz Rodrigo Machado, vice-presidente de Produtos Imobiliários da Anbima.
“Em algum momento essa indústria será beneficiada pela economia e pela nova classificação”, afirma.
Os 260 fundos imobiliários hoje existentes no mercado serão divididos em dois níveis.
O primeiro vai definir sua estratégia, ou mandato, que se subdividirá em cinco categorias: Desenvolvimento para Renda, Desenvolvimento para Venda, Renda, Títulos e Valores Mobiliários e Híbridos. O segundo nível definirá o tipo de gestão, se ativa ou passiva.
Desenvolvimento, renda e títulos
No caso da estratégia Desenvolvimento para Renda, o fundo deverá usar mais de dois terços de seu patrimônio para comprar imóveis na planta ou em construção para ficar com o imóvel e ganhar com aluguel.
É o caso, por exemplo, dos fundos que constroem prédios, ou agências ou shoppings, em alguns casos sob medida, para determinadas empresas ou bancos alugarem.
Desenvolvimento para Venda é a construção ou reforma de bens para posterior venda com lucro.
Os fundos imobiliários de Renda são semelhantes aos de Desenvolvimento para Renda, mas com a diferença de que só compram imóveis prontos para ganhar o aluguel, ou seja, não têm o risco da construção.
Os de Títulos e Valores Mobiliários usarão dois terços ou mais de seu patrimônio para comprar papéis ou ativos de renda fixa do setor, como Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), Letras de Crédito Imobiliário (LCI), Fundos de Participações (FIP) ou fundos de recebíveis (Fidc).
Fonte: Exame
Data: 23/09/2015