Mais R$ 4,9 bilhões para a casa própria

O orçamento para compra da casa própria com recursos do Fundo de Garantia de Serviço (FGTS) recebeu um reforço de R$ 4,9 bilhões. O montante vai ajudar trabalhadores com renda acima de R$ 5 mil e que optem por financiamento pela linha Pró-Cotista. O anúncio foi feito na reunião do Conselho Curador do fundo, na semana passada, em que também foi decidido reduzir de R$ 750 mil para R$ 400 mil o limite máximo do valor do imóvel para esta operação.

O aumento do montante tem a finalidade de atender à maior demanda por crédito, diante dos saques recordes da caderneta de poupança, recurso usado para financiar imóveis de até R$ 750 mil pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH).

A tabela da Caixa Econômica Federal oferece juros nesta modalidade começando por 8,8% (efetiva) ao ano mais Taxa Referencial (TR), podendo cair para 7,8% (efetiva) ao ano mais TR, se o comprador tiver relacionamento com o banco.

Segundo o especialista em mercado imobiliário Luis Paulo Júnior, a iniciativa é um paliativo, pois entra o dinheiro para o financiamento, mas o teto do imóvel cai.

"A decisão do Conselho Curador permite que a Caixa volte a excluir os trabalhadores como era na era Pró-Cotista e passe a focar na habitação social, ou seja, aquela de imóveis com preços mais baixos", comenta Júnior.

Para o diretor da Estrutura Consultoria, correspondente imobiliário, Bruno Teodoro, a elevação ajuda, mas tem um limitador, pois quem recebe acima de R$ 5 mil já possui condições de comprar imóvel acima de R$ 400 mil se compuser renda, o que na maioria dos casos já acontece.

Outro socorro será a criação de uma linha de financiamento emergencial para as construtoras. Serão liberados R$ 2 bilhões para crédito de imóveis até R$ 300 mil, dentro do SFH. Todas as iniciativas são para diminuir o impacto da escassez dos recurso da poupança. 

Data: 01/06/2015