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O aluguel de imóveis residenciais ficou, em média 9,36% mais caro na cidade de São Paulo em junho em relação a maio e isso pode ter provocado a terceira queda seguida no volume de locações. O número de contratos assinados no período foi 3,38% menor nas 327 imobiliárias consultadas pelo Conselho Regional dos Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (Creci-SP). No sexto mês do ano, 51,21% do total de locações eram de casas e 48,79% de apartamentos.
Nos últimos 12 meses, o aluguel aumentou em média 12,5% na Capital, quase quatro pontos percentuais acima da inflação de 8,89% acumulada pelo IPCA do IBGE nesse mesmo período.
- Apesar da aparente resistência em baixar os valores que desejam obter pelo aluguel, os donos de imóveis deverão ceder à realidade, caso não queiram ficar guardando as chaves de suas propriedades por muito tempo ainda - afirma José Augusto Viana Neto, presidente do Creci-SP.
Segundo ele, "a lógica é que o custo financeiro de manter o imóvel vago, especialmente para quem tem apartamento, faz estragos no orçamento dos proprietários e deve levá-los a optar por pedir menos pela locação, reduzindo os aluguéis iniciais."
Ele argumenta que a "realidade de mercado" tenderá a se impor "até porque ela já se manifesta tanto na baixa das locações quanto no comportamento dos atuais inquilinos."
Em junho, o número de inquilinos inadimplentes deu um salto de 38,44% ao bater em 5,33% do total de contratos em carteira. A inadimplência havia ficado em 3,85% em maio. Outro sintoma indicativo das dificuldades no mercado de locação é o número de devoluções de imóveis. Foi devolvido no período, o equivalente a 91,96% dos imóveis alugados, 1,03% a mais que em maio quando o percentual de devoluções ficou em 91,02%.
Os descontos concedidos sobre os aluguéis originais foram reduzidos em três das cinco zonas de valor entre maio e junho - de 11,43% para 10% na Zona A (- 12,51%); de 10,9% para 9,64% na Zona B (- 11,56%); e de 10,6% para 9,67% na Zona D (- 8,77%). O desconto aumentou 46,87% na Zona C (de 8,79% para 12,91%) e 40,01% na Zona E (de 13,57% para 19%).
A pesquisa do Creci-SP com as 327 imobiliárias da vapital apurou que foram mais alugados os imóveis com aluguel mensal de até R$ 1.200 (54,16% do total). O fiador foi a forma de fiança presente em 45,17% dos novos contratos, seguido pelo depósito de três meses do aluguel (28,28%), pelo seguro de fiança (18,77%), pela caução de imóveis (4,83%), pela cessão fiduciária (1,47%) e ainda pela locação sem garantia (1,47%).
O aluguel que mais subiu em junho foi o dos apartamentos de três dormitórios situados em bairros da Zona A. O aumento médio foi de 25,85% com o aluguel médio passando de R$ 3.221,43 para R$ 4.054,29. O aluguel que mais baixou foi o de casas de um dormitório na Zona C - o aluguel médio passou de R$ 860,45 para R$ 838,31, redução de 2,57%.
Segundo a pesquisa Creci-SP, os imóveis alugados em junho na capital distribuíram-se entre a Zona C (45,04% do total), a Zona D (24,53%), a Zona E (14,21%), a Zona B (10,45%) e a Zona A (5,77%).
Os fóruns da capital receberam em junho 2.500 ações judiciais envolvendo inquilinos e proprietários de imóveis, número praticamente idêntico às 2.476 ações de maio (+ 0,97%). As ações renovatórias do aluguel aumentaram 8,22% (de 73 para 79); e as de rito sumário, 5,94% (de 825 para 874). Houve queda de 37,5% no número de ações consignatórias (de 8 para 5): de 8,53% nas de rito ordinário (de 129 para 118): e de 1,18% nas ações por falta de pagamento (de 1.441 para 1.424).
- À dificuldade de alugar se soma a dificuldade ainda maior e crescente de comprar a casa própria - enfatiza o presidente do Creci-SP.
Essa dificuldade se refletiu na queda no número de unidades vendidas em junho, que por sua vez é conseqüência direta da redução dos financiamentos bancários.
- O crédito bancário é o que faz a engrenagem das vendas se mover e sua redução naturalmente provoca essa retração nas vendas - acrescenta Viana Neto.
A pesquisa apurou que as vendas de imóveis usados tiveram em junho uma redução de 8,94% sobre maio, quando a queda havia sido de 4,43%. Em seis meses, as vendas acumulam resultado negativo de 35,48%. As imobiliárias consultadas venderam 72,22% do total em apartamentos e 27,78% em casas. O preço médio do metro quadrado caiu 1,27% no período.
Foram financiados 40,27% dos imóveis vendidos em junho, e a participação da Caixa praticamente equivaleu à dos demais bancos (20,83% e 19,44%, respectivamente). O declínio da participação da Caixa nos empréstimos decorre da decisão do banco estatal de reduzir os limites de financiamento devido ao aumento de saques na poupança, de onde vem grande parte dos recursos para os empréstimos.
As vendas à vista foram maioria em junho, respondendo por 59,72% dos negócios fechados nas 327 imobiliárias que o Creci-SP consultou. A participação dos financiamentos no conjunto das vendas, de 40,27%, foi a menor dos últimos seis meses. Em janeiro, 74,75% dos imóveis vendidos tiveram financiamento bancário.
A pesquisa foi realizada com 327 imobiliárias constatou que os imóveis usados mais vendidos em junho foram os de valor final até R$ 500 mil, que somaram 47,22% do total .Na divisão dos imóveis por faixa de valor, foram líderes as casas e apartamentos enquadrados na faixa de até R$ 6 mil o metro quadrado, com 60,42% das vendas.
O preço de imóvel usado que mais subiu em junho foi o de apartamentos de padrão simples com mais de 15 anos de construção e situados em bairros da Zona B, como Aclimação, Brooklin e Indianópolis. O preço médio do metro quadrado aumentou 25,29% ao passar de R$ 5.083,33 em maio para R$ 6.363,64 em junho.
Foi também no segmento de imóveis de padrão simples que a pesquisa registrou a maior queda de preços. Apartamentos com mais de 15 anos de construção localizados em bairros da Zona D, como Água Rasa, Casa Verde e Jaçanã, foram vendidos por preço 20,25% menor - o metro quadrado baixou da média de R$ 4.075,08 em maio para R$ 3.250 em junho.
Os descontos concedidos pelos proprietários sobre os preços originalmente pedidos pelos imóveis aumentaram em todas as Zonas de Valor: de 9,31% para 13% na Zona B (+ 39,63%); de 5,5% para 6,73% na Zona C (+ 22,36%); de 6,38% para 7% na Zona D (+ 9,72%); e de 6,82% para 9,33% na Zona E (+ 36,8%). Apenas na Zona A os descontos ficaram menores - passaram de 9,5% em maio para 5% em junho, redução de 47,37%.
Secovi-SP: em 36 meses, foram vendidas 5.694 unidades em Campinas
O surgimento de novos empreendimentos imobiliários em Campinas permitiu que o mercado se mantivesse aquecido ao longo dos últimos anos, oferecendo oportunidades para todas as classes sociais. De agosto de 2012 a julho de 2015, a cidade registrou o lançamento de 8.692 unidades habitacionais, sendo 8.242 verticais e 450 horizontais. O montante resulta em 95% e 5% de participação no total lançado do período, respectivamente. Os dados são do Estudo do Mercado Imobiliário de Campinas, elaborado pelo Secovi-SP (Sindicato da Habitação) e a Robert Zarif Assessoria Econômica, e divulgados hoje no município.
Do universo total de lançamentos (8.692), o segmento de três dormitórios teve o maior destaque, com 3 mil novas unidades, seguido pelo de dois dormitórios (2.496); um dormitório (1.498); dois dormitórios econômicos (1.248); quatro dormitórios (424); e um dormitório econômico (26). Em termos de participação, as unidades de três dormitórios respondem por 35% do total lançado nos últimos três anos.
No período analisado, foram comercializadas 5.694 unidades. As casas e apartamentos de três dormitórios lideraram as vendas, com 1.839 operações. Na sequência, vieram unidades de dois dormitórios (1.540); um dormitório (1.157); dois dormitórios econômicos (860); quatro dormitórios (279); e um dormitório econômico, com 19 comercializações. Em termos de participação, os imóveis de três dormitórios representam 32% do volume vendido.
O Valor Global de Vendas (VGV) alcançado nos últimos 36 meses em Campinas foi de R$ 2,543 bilhões. O maior volume de comercialização ficou concentrado nos imóveis de três dormitórios (R$ 1,033 bilhão); seguido por unidades de dois dormitórios (R$ 597 milhões); um dormitório (R$ 455 milhões); quatro dormitórios (R$ 314 milhões); dois dormitórios econômicos (R$ 140 milhões); e um dormitório econômico (R$ 3 milhões).
Descontando o total de imóveis lançados (8.692) do volume comercializado (5.694) nos últimos 36 meses, a oferta final no período foi de 2.998 unidades. Nesse universo, destacam-se os imóveis de três dormitórios (1.161 unidades e 39% de participação); seguidos pelos de dois dormitórios (956 unidades e 32%); dois dormitórios econômicos (388 unidades e 13%); um dormitório (341 unidades e 11%); quatro dormitórios (145 unidades e 5%), e um dormitório econômico (sete unidades).
Data: 08/08/2015
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