12 3018-4910
Unidos em prol dos imóveis tombados na cidade de São Paulo, historiadores, arquitetos, engenheiros, advogados e proprietários uniram-se em um grupo para formar uma associação. As metas da associação incluem incentivos para a preservação, como isenção de impostos e recuperação de fachadas com apoio da iniciativa privada.
"Colecionar carros antigos é elegante. Ser proprietário de imóvel tombado, muitas vezes, é considerado 'mico'. E assim, há vários casos que os imóveis acabam demolidos e a gente não consegue guardar histórias na cidade de São Paulo. É importante não deixar deteriorar e incentivar o proprietário", conta a advogada Célia Marcondes, idealizadora da Associação de Proprietários e Usuários de Imóveis Tombados. Na lista estão cem imóveis, a maioria na Bela Vista, Centro e Cerqueira César.
Quando o imóvel é tombado, o intuito é preservar, através da aplicação da lei, bens de valor histórico, cultural, arquitetônico e ambiental para a população, impedindo que venham a ser destruídos ou descaracterizados.
"Os donos desses imóveis têm dificuldades em obter autorização para reformas junto à Prefeitura. A associação pretende ajudar nesse sentido. Já solicitamos isenção anual total do IPTU para quem preserva o patrimônio", explica Célia. O IPTU de um imóvel em um terreno de 200 metros quadrados, por exemplo, chega a custar R$ 4 mil.
A associação prevê ainda oferecer auxílio técnico para orientar sobre as melhores maneiras de restauração, buscar apoio da iniciativa privada para custear reformas e até orientar sobre opções de locação. "É usar bem sem apagar o mais importante, que é a marca do passado - completa. Célia garante que com a recuperação adequada, a manutenção é simples e sem custo tão elevado".
Na Rua Benjamin Constant, o espaço no centro velho que já abrigou uma chapelaria 40 anos atrás, tempos em que chapéus eram quase um item obrigatório e símbolo de elegância, recentemente teve o telhado retirado durante obras e a fachada está prestes a desabar.
Cento e um anos se passaram e não só a tradição do pão italiano da padaria Basilicata, no bairro do Bixiga, se manteve: o imóvel tombado conserva a fachada desenhada em 1914.
"A padaria foi fundada pelo nosso tio-bisavô. Somos a quarta geração. Ter um imóvel tombado é legal,preserva a nossa história. E acaba sendo um atrativo. Muitas pessoas passam e tiram fotos. E acabam entrando", conta Angelo Agazio Lorenti, um dos proprietários da Basilicata.
Angelo acha importante o papel de uma associação, principalmente na questão de minimizar a burocracia que hoje os donos de imóveis tombados enfrentam.
Data: 03/08/2015
2010 - 2025 | Corretores Premium | Todos os direitos reservados | São José dos Campos, SP
+55 (12) 3207-0059 | 99128-4712 | 99723-0430 | contato@raqueljordan.com.br
Desenvolvimento Web: Sites & Cia | EmpresasVALE