Mercado imobiliário volta a se valorizar em setembro
O mercado imobiliário de duas cidades da região, Santo André e São Bernardo, registra forte valorização pelo segundo mês seguido, aponta o índice FipeZap, desenvolvido em conjunto pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) e pelo portal Zap Imóveis. A pesquisa se refere ao preço médio do metro quadrado de apartamentos prontos, com base em anúncios da internet.
Os imóveis, em ambos os municípios, tiveram aumento médio de 1,49% em setembro, bem acima do 0,43% projetado para a inflação desse mês – de acordo com expectativa para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Ampliado) – e também bem acima da variação observada na média do País (0,55%).
Em agosto, o m² de apartamentos anunciados em Santo André e em São Bernardo já vinha acelerando, com altas, respectivamente, de 1,31% e 1,43%.
A valorização surpreendeu os próprios profissionais do ramo. O delegado regional do Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo) Alvarino Lemes cita que, logo depois da Copa, era esperado aumento da demanda, mas o movimento segue aquecido. “Achei que ia ficar parado por causa da eleição, mas a procura está boa, puxando (para cima) os preços”, diz. Para ele, a migração de compradores da Capital para o Grande ABC explicaria, em parte, essa valorização imobiliária.
É preciso lembrar que o m² dos imóveis em São Paulo, em média, custa R$ 8.277, enquanto em Santo André, é 42% mais em conta (sai por R$ 4.815) e em São Bernardo 45% mais barato – o m² gira em R$ 4.578, de acordo com o levantamento. Enquanto nessas duas cidades os preços aceleraram, o mesmo não se pode dizer de São Caetano, que teve alta de apenas 0,17% no mês, bem menos que a inflação.
Apesar da forte valorização nos últimos dois meses, ainda é cedo para falar em tendência nesse sentido, afirma o economista da Fipe Bruno Oliva. Isso porque, nos últimos 12 meses, todas as três cidades pesquisadas da região têm variação da ordem de 8%, enquanto no País a alta é de 9,16%. É bem menos do que o acumulado até novembro (pico), quando os preços subiam 13,8%. “Ainda se acredita em tendência de desaceleração”.
Data: 03/10/2014