Mercado de imóveis tem bases sólidas e demanda consistente
Há alguns anos vem se discutindo a existência ou não de uma bolha imobiliária no Brasil. Nesta polêmica, que parece não ter fim, é importante que se esclareçam três pontos fundamentais: a definição precisa do que é bolha imobiliária; os indícios reais de sua existência; e os efeitos colaterais na economia interna se acontecer um eventual "estouro da bolha".
Bolha imobiliária pode ser definida como aumento generalizado dos preços dos imóveis, não vinculado a fundamentos econômicos, dissociado das normais flutuações de mercado, e que aconteça por mera expectativa de aumento futuro, ou seja, por especulação.
No momento em que uma bolha começa a existir, o combustível para seu desenvolvimento é a concessão de crédito imobiliário irresponsável, condição para que a oferta aumente independente da demanda, e haja, portanto, um descolamento perigoso.
Um dos fatos apontados por analistas acerca do cenário brasileiro como indício da existência de bolha é a diminuição na rentabilidade da locação em função do preço dos imóveis. Na verdade, tal relação está ligada, diretamente, aos custos de oportunidade estruturados na economia do país, e não à eventual existência de bolha.
Se compararmos a rentabilidade de locação do Brasil com a de outros países isso fica claro. O "Global Properties Guide" publicou uma lista com a rentabilidade da locação versus os preços dos imóveis nos vários países do mundo em 2013. No Brasil, a rentabilidade média anual foi de aproximadamente 6,3%, maior que a de outros países nos quais claramente não existe bolha imobiliária - como França (3,6%), Áustria (3,8%), Suíça (2,9%), Inglaterra (2%), e Taiwan ( 1,5%).
Fonte: Uol
Data: 28/04/2014