Custo da construção tem maior alta dos últimos 3 anos em SP

os últimos três anos, nunca foi tão caro construir em São Paulo. É o que revela a variação, em 2012, do Custo Unitário Básico (CUB), índice que mede os gastos das incorporadoras com insumos como materiais, mão de obra e equipamentos.

 

O indicador fechou 2012 com alta de 7,29% no acumulado do ano, o maior crescimento desde 2008, quando foi registrada uma elevação de 10,95% no mesmo período. Em 2011, o índice foi de 5,86%.

 

O CUB é calculado pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) e pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O indicador mede o custo do metro quadrado para a indústria da construção e sua variação se reflete nos reajustes dos contratos de obras regidos por ele.

 

Entre os itens analisados pelo índice, o que mais subiu em 2012 foi o custo da mão de obra, que aumentou 10,06%. Os salários dos engenheiros registraram alta de 8,09% e os preços dos materiais de construção tiveram elevação de 3,71%. Com isso, o custo de construção do metro quadrado na cidade fechou o ano em R$ 1.024,77.

 

"Após setembro de 2008, que foi um ano atípico por causa da crise, o custo da construção voltou para o mesmo patamar da inflação da indústria brasileira em relação aos materiais, mas metade do componente do CUB é mão de obra, que está alta por conta do aumento do volume de salários, já que falta gente para trabalhar. Acredito que daqui pra frente os salários, mesmo permanecendo altos, se estabilizem, o que vai ajudar a diminuir o índice", afirma Eduardo Zaidan, vice-presidente de economia do SindusCon-SP.

 

A alta do CUB também foi puxada pelo aumento dos preços de certas mercadorias acima do Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), um dos indicadores que medem a inflação no país, que fechou 2012 em 7,82%. Encabeçam a lista itens como alimentação tipo marmitex (que teve alta de 10,9%), massa pronta para reboco externo com impermeabilizante (8%), tinta látex branca PVA (6,89%), bloco cerâmico para alvenaria vedação (6,37%), aço CA-50 (6,19%) e esquadrias de correr 4 folhas (6%).

 

Fonte: www.invertia.terra.com.br/