Aluguel no litoral de SP está até 70% mais barato, diz Creci
O Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo (Creci-SP) fez uma pesquisa com 20 imobiliárias do litoral paulista (na foto, Caraguatatuba).
Uma pesquisa realizada pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo (Creci-SP) com 30 imobiliárias de dez municípios do litoral paulista aponta uma queda de até 70,71% no aluguel de temporada de janeiro na região, em relação ao mesmo período do ano passado.
O recuo ocorreu em todos os tipos de imóveis no Litoral Norte (Caraguatatuba, Ilha Bela, São Sebastião e Ubatuba), em cinco dos seis tipos pesquisados no Litoral Sul (Mongaguá Peruíbe e Praia Grande) e em três dos sete no Litoral Central (Bertioga, Guarujá e Santos).
"Essa queda expressiva e quase generalizada nos aluguéis da temporada 2013 deve estreitar a margem de negociação com os proprietários, mas é sempre possível conseguir descontos, por exemplo, quando se pretende alugar por período longo", afirmou o presidente do Creci-SP, José Augusto Viana Neto, em comunicado enviado à imprensa.
Litoral Norte
A maior queda foi constatada nas casas com um dormitório no Litoral Norte: nas férias de janeiro do ano passado, a diária custava em média R$ 341,43 e, agora, está em R$ 100, a menor da costa paulista.
Na região, houve baixa de 52,50% na diária das casas de dois dormitórios (para R$ 220); de 54,14% nas de três dormitórios (para R$ 408,33) e de 42,87% nas de quatro dormitórios (para R$ 972,67). A queda foi geral também nos apartamentos. As diárias para os de um dormitório baixaram 18,37% (para R$ 200), os de dois dormitórios, 38,45% (para R$ 317), os de três, 19,15% (para R$ 400) e os de quatro, 23,08% (para R$ 500).
Segundo o delegado da sub-regional do Creci do Litoral Norte, Pedro Luiz da Silva, a queda nos preços pode ser sido influenciada pelo aumento da oferta de imóveis neste início do ano.
"Passamos por um período de preços inflacionados, por conta da falta de imóveis para locar, já que a maioria estava locado para trabalhadores contratados que atuam em obras na região, como a duplicação da Tamoios. Com o término de algumas obras ou finalização de alguma fase, esses imóveis voltam para o mercado, fazendo com que a oferta seja maior que a demanda. Assim, os preços caem", comenta Silva, que alerta que, quando a nova fase de obras começar, é possível que os preços voltem a subir.
Litoral Central
Em Bertioga, Guarujá e Santos, a maior queda foi registrada nos apartamentos de diária mais cara, os de quatro dormitórios (-32,95%, para R$ 983,33, em média). Também encolheram os preços do aluguel de apartamentos de um quarto (-21,05%, para R$ 250) e as casas de dois dormitórios (-30,36%, para R$ 325). Nos outros tipos, houve alta.
"Após as festas, os valores geralmente caem, mas voltam a subir no Carnaval. A dica é buscar imóveis para a data agora, já que assim é possível ganhar tempo e barganhar o preço, além de aproveitar os preços mais baixos para curtir o verão", afirma Carlos Ferreira, delegado da sub-regional do Litoral Central, que abrange a Baixada Santista.
Litoral Sul
Já nas praias de Mongaguá, Peruíbe e Praia Grande, o único tipo de imóvel cujo aluguel subiu foram os apartamentos de três dormitórios (35%, para R$ 675). O recuo mais expressivo foi registrado em apartamentos de um dormitório (42,31%, para R$ 125).
No entanto, o delegado da sub-regional do Creci no Litoral Sul, Paulo Wiazowski, afirma que encontrar imóveis para alugar é algo difícil. "O poder econômico conquistado pelos brasileiros nos últimos anos fez com que os imóveis fossem vendidos e ocupados pelos proprietários e seus familiares. Não temos imóveis para alugar", afirma.
Fonte: www.invertia.terra.com.br
Data: 30/10/2013